2 No dia seguinte chegou um moço que vinha do acampamento de Saul. Para mostrar a sua tristeza, ele havia rasgado as suas roupas e posto terra na cabeça. O moço foi até o lugar onde Davi estava, ajoelhou-se e encostou o rosto no chão em sinal de respeito.
3 Davi lhe perguntou:
— De onde você está vindo?
— Eu fugi do acampamento israelita! — respondeu ele.
4 — Conte o que foi que aconteceu! — disse Davi.
— O nosso exército fugiu da batalha, e muitos dos nossos homens foram mortos! — disse o moço. — Saul e o seu filho Jônatas também morreram.
5 — Como é que você sabe que Saul e Jônatas estão mortos? — perguntou Davi.
6 E o moço respondeu assim:
— Acontece que eu cheguei, por acaso, ao monte Gilboa e vi Saul apoiado na sua lança. Os carros e os cavaleiros inimigos chegavam cada vez mais perto dele.
7 Então ele se virou, me viu e me chamou. E eu respondi: “Aqui estou, senhor!”
8 Saul perguntou quem eu era, e eu respondi que era amalequita.
9 Aí ele disse: “Fui ferido gravemente e estou morrendo. Venha aqui e me mate.”
10 Então eu subi até o lugar onde ele estava e o matei porque eu sabia que, logo que caísse no chão, ele morreria. Aí tirei a coroa da cabeça dele e a pulseira do seu braço e trouxe para o senhor.
11 Então Davi rasgou as suas roupas em sinal de tristeza, e todos os seus soldados fizeram o mesmo.
12 Choraram, se lamentaram e jejuaram até a tarde por Saul, por Jônatas e por Israel, o povo de Deus, o Senhor, pois muitos deles tinham sido mortos na batalha.
13 Aí Davi perguntou ao moço que tinha trazido as notícias:
— De onde você é?
— Eu sou amalequita, mas estou morando aqui na sua terra! — respondeu ele.
14 — Como é que você se atreveu a matar o rei escolhido por Deus, o Senhor? — perguntou Davi.
15 Então chamou um dos seus homens e ordenou:
— Mate-o!
O homem atacou o amalequita e o matou.
16 E Davi disse ao amalequita:
— O culpado disso foi você mesmo. Você se condenou quando confessou que havia matado o rei escolhido pelo Senhor.
17 Davi cantou esta lamentação por Saul e por seu filho Jônatas
18 e ordenou que fosse ensinada ao povo de Judá. (Esta lamentação está escrita no Livro do Justo.)
19 Os nossos líderes estão mortos nos montes de Israel!
Caíram os nossos soldados mais valentes!
20 Não contem isso na cidade de Gate
nem nas ruas de Asquelom,
para que as mulheres filisteias não se alegrem,
nem pulem de contentamento as filhas dos pagãos.
21 Não caia chuva nem orvalho nos montes de Gilboa,
e que os seus campos não produzam mais nada.
Pois ali os escudos dos guerreiros valentes estão cobertos de pó,
e o escudo de Saul perdeu o seu brilho.
22 O arco de Jônatas era mortal,
e a espada de Saul nunca falhava
para derrubar os poderosos e matar os inimigos.
23 Saul e Jônatas, tão queridos e maravilhosos;
juntos na vida, juntos na morte!
Eram mais rápidos do que as águias
e mais fortes do que os leões!
24 Mulheres de Israel, chorem por Saul!
Ele vestia vocês com vestidos de fina lã vermelha
e as enfeitava com joias de ouro.
25 Os soldados mais valentes caíram
e foram mortos na batalha.
Jônatas está morto nas montanhas.
26 Eu choro por você, meu irmão Jônatas;
como eu o estimava!
Como era maravilhoso o seu amor para mim,
melhor ainda do que o amor das mulheres.
27 Os soldados mais valentes caíram,
e as suas armas não têm mais utilidade.
Nova Tradução na Linguagem de Hoje (NTLH)
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Texto utilizado com autorização
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